A partir desta quinta-feira, 1º de janeiro, as montadoras vão voltar a pagar a alíquota cheia do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014. Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões a mais neste ano com o imposto na comparação com o ano passado.

A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas, oficialmente, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) afirma que a decisão é individual — cada empresa vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços finais dos veículos.

A alíquota dos modelos 1.0, atualmente em 3%, sobe a partir de hoje para 7%. Para os carros equipados com motores entre 1.0 e 2.0, o imposto passa de 9% para 11% nos veículos flex. E com motor acima de 2.0 litros, o IPI sobe de 10% para 13% — sendo estes movidos somente a gasolina.
Segundo a Anfavea, o repasse integral do IPI resultaria em um aumento de 4,5% nos automóveis 1.0. De acordo com fontes do governo, os empresários afirmaram em reuniões técnicas que os preços baixos podem ser sustentados ainda ao longo de janeiro, de forma a desovar estoques acumulados. Os aumentos de preços devem começar somente entre o fim do mês e início de fevereiro.

A nova equipe econômica, encabeçada por Joaquim Levy na Fazenda e por Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento, é totalmente favorável à elevação do IPI para a indústria automobilística. O imposto continuará baixo, no entanto, para os fabricantes de eletrodomésticos da linha branca e para os materiais de construção.
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