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Vídeo mostra funcionária agredindo crianças em creche

Professora é investigada por omissão em caso de agressão a criança no RS


Câmeras flagraram maus-tratos praticados por funcionária em Canoas. Caso ocorreu em creche; colega sabia das agressões, diz delegado.
Do G1 RS
Uma segunda professora de uma escola de educação infantil em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está sendo investigada por omissão, após câmeras de monitoramento gravarem agressões a crianças, que partiram de outra funcionária. Segundo o delegado Pablo Queiroz Rocha, que apura o caso, a mulher estava no mesmo ambiente em que ocorriam os maus-tratos, mas não informou os fatos a ninguém.
"A Polícia Civil entende que a conduta dela é omissiva. A criança é agredida e chora. Não tem como ela não ter ouvido. E ela nada fez", afirmou ele ao G1.

Os maus-tratos foram registrados há duas semanas, no dia 16 de maio. As imagens das câmeras mostram o momento em que a cuidadora Fernanda da Silva Severo, de 20 anos, empurra uma menina de dois anos. A criança cai e fica sentada. Logo depois, a funcionária empurra outro bebê com o pé, e volta a agredir a menina, atirando brinquedos (veja no vídeo).  Um deles, um carrinho de plástico, acertou o rosto da criança. O objeto foi apreendido pela polícia.
A cuidadora investigada por agressão foi convocada a depor na quinta-feira (2), mas não compareceu à delegacia. Conforme o delegado, ela deve ser convocada novamente para prestar depoimento. Se não comparecer, será conduzida coercitivamente.
A Polícia Civil deve concluir a investigação nos próximos dias. Para o delegado responsável pelo caso, porém, não há dúvida de que houve maus-tratos contra a criança, crime cuja pena chega a quatro anos de prisão.
“Fica bem nítido o momento em que ela passa a cometer maus-tratos e a gente chega no ponto de lesão corporal, porque ela realmente agride de modo absolutamente gratuito, sempre deixando claro que não há ação de uma criança que possa justificar uma reação do adulto de modo violento”, disse o delegado. A professora investigada por omissão, se comprovada, deverá responder pelo mesmo crime.
Mãe percebeu ferimentos
A mãe da menina de dois anos, que sofreu as agressões, contou que percebeu os ferimentos no rosto da filha e procurou a creche. “Ela estava com um machucado no rosto, um arranhão acima do nariz, e com o olho bem machucado, de uma agressão mesmo”, relatou a mãe, que preferiu não se identificar.
A diretora da escola infantil afirma ter demitido a funcionária no dia seguinte às agressões e procurado a polícia. A diretora disse ainda que nunca tinha acontecido algo parecido. Ela também preferiu não ser identificada.
“Foi terrível, na verdade, você não espera uma coisa dessas de uma profissional”, afirmou a mulher.
Apesar disso, a mãe da menina não procurou mais a escola e disse que a filha está traumatizada. Ela pensa em largar o emprego para cuidar da criança. "Ela chora, ela pede para eu não levá-la. Desde o momento em que arrumo ela para ir para a escola, ela chora. Vou cuidar dela, ela é minha prioridade”, garante a mãe.

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