Um crime macabro desvendado nessa sexta-feira (9) chocou os moradores da cidade de Cristina, no Sul de Minas, após o corpo de uma mulher ser encontrado enterrado embaixo da pia da cozinha. O suspeito do crime é o filho da dona de casa que, além de assassinar a mãe, a amarrou com fios de internet.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o genro de Rosa Maria Israel arrombou a janela da residência, localizada na rua  Marechal Deodoro da Fonseca, no centro, após não conseguir contato com a sogra por telefone. O corpo da vítima estava cercado por várias pedras na cozinha.
                         

Rosa sempre morou sozinha, mas, nos últimos dias, o filho de 29 anos foi ficar com a mãe. Desde então, apenas ele era visto saindo do imóvel. Durante rastreamento, o suspeito foi localizado e afirmou que não sabia que a mãe estava morta dentro do imóvel.

Ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. A dinâmica do assassinato não foi esclarecida. A reportagem de O TEMPO tentou contato com o delegado, mas ele ainda não foi localizado para comentar o caso. Devido ao estado avançado de decomposição, Rosa não teve velório e foi enterrada no fim da tarde dessa sexta.
Homem disse para irmã que mãe estava internada

Para justificar o sumiço da mãe, o homem afirmou para a irmã que a mulher estava internada. “São só dois filhos e a moça mora em São Lourenço. No fim de agosto, ela apareceu aqui em Cristina para saber da mãe, mas o irmão disse que tinha levado a Rosa para um hospital de São Lourenço. Ela acreditou e voltou para a cidade”, disse um vizinho, que pediu para não ter o nome divulgado.

A jovem chegou a procurar a mãe em vários hospitais, mas não encontrou e voltou para o município que a vítima morava. Sem nenhuma pista, nessa sexta, o marido da mulher resolveu entrar na casa e encontrou o corpo.

“Nós, vizinhos, não percebemos nada de estranho na casa. A Rosa sempre viajava para visitar a família e pensamos que por isso ela não estava em casa. Quando o corpo foi descoberto, a cidade parou e foi um choque para todo mundo. Ela (a vítima) era muito conhecida aqui, trabalhava na casa de uma família e se dava bem com todos. Isso que ele fez foi uma crueldade”, disse o vizinho.

Muito abalada, a família não quis comentar o crime.

Filho vendeu objetos da mãe

Após matar a vítima, o jovem começou a vender vários objetos da mãe. Ele chegou a oferecer para moradores geladeira, fogão e móveis da sala. Enquanto a mulher estava enterrada embaixo da pia, o criminoso vivia normalmente no imóvel e chegou a levar a namorada para lá algumas vezes.

“No domingo, ele pediu minha irmã para guardar dois sacos de roupas na garagem dela. Sem saber o que estava acontecendo, ela aceitou. Não sabemos se as peças eram dele ou da mãe porque depois que o crime foi descoberto a polícia não deixou mexer nos sacos”, disse o homem.

Segundo o vizinho, o bandido trabalhava em uma fábrica de luvas de Cristina e não era de conversar com a vizinhança.
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